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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

COELHO, ADOLFO(FOLCLORE DE PORTUGAL) - A ROMÃZEIRA DO MACACO

A ROMÃZEIRA DO MACACO
FOLCLORE DE PORTUGAL
ADOLFO COELHO
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 OLIVEIRA
Era uma vez um macaco que estava em cima de uma oliveira a comer uma romã; sucedeu que caiu um grão da romã para a terra em que estava a oliveira e passado pouco tempo nasceu uma romãzeira.
Quando o macaco viu a romãzeira nascida, foi ter com o dono da oliveira e disse-lhe: — «Arranca a tua oliveira para crescer a minha romãzeira. «Responde o homem: — «Não estou para isso!»
Foi-se o macaco à justiça e disse-lhe: — «Justiça, prende o homem para que arranque a oliveira, para crescer a minha romãzeira.» Responde a justiça: — «Não estou para isso!»
Foi-se o macaco falar com o rei e disse-lhe: — «Rei, tira a vara à justiça, para ela prender o homem, para ele arrancar a oliveira, para crescer a minha romãzeira.» Responde o rei: — «Não estou para isso!»
Foi o macaco ter com a rainha: — «Rainha, põe-te mal com o rei, para ele tirar a vara à justiça, etc.» Responde a rainha: — «Não estou para isso!»
Foi procurar o rato: — «Rato, rói as fraldas à rainha para ela se pôr de mal com o rei, etc. «Responde o rato: — «Não estou para isso!»
Foi atrás do gato: — «Ó gato! Come o rato, para ele roer as fraldas à rainha, etc. «Responde o gato: — «Não estou para isso!»
Foi ter com o cão: — «Ó cão! Morde o gato, para ele comer o rato, etc. «Responde o cão: — «Não estou para isso!» Foi ao pau e disse-lhe: — «Pau, bate no cão, para o cão morder o gato, etc.» — «Não estou para isso!»
Foi ter com o lume: — «Lume, queima o pau, para ele bater no cão, etc.» — «Não estou para isso!»
Foi ter com a água: — «Ó água! Apaga o lume para ele queimar o pau, etc.» — «Não estou para isso!»
Foi ao boi: — «Ó boi! Bebe a água para ela apagar o lume, etc.» — «Não estou para isso!»
Foi ao carniceiro: — «Carniceiro, mata o boi para ele beber a água, etc. — «Não estou para isso!»
Foi ter com a morte: — «Ó morte, leva o carniceiro, para ele matar o boi, etc. — «A morte ia para levar o carniceiro e ele disse-lhe: — «Não me leves que eu mato o boi! »
- Disse o boi: — «Não me mates que eu bebo a água.»
- Disse a água: — «Não me bebas que eu apago o lume.»
- Disse o lume: — «Não m’ apagues que eu queimo o pau.»
- Disse o pau: — «Não me queimes que eu bato no cão.»
- Disse o cão: — «Não me batas que eu mordo o gato.»
- Disse o gato.«: — «Não me mordas que eu como o rato.»
- Disse o rato: — «Não me comas que eu rôo as fraldas à rainha.»
- Disse a rainha: «Não me roas as fraldas que eu ponho-me de mal com o rei.»
- Disse o rei: — «Não te ponhas mal comigo que eu tiro a vara á justiça.»
- Disse a justiça: — «Rei, não me tires a vara que prendo o homem.»
- Disse o homem: — «Justiça, não me prendas que eu arranco a oliveira.»
E o homem arrancou a oliveira e o macaco ficou com a sua romãzeira.
(Coimbra)
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ROMÃZEIRA

COELHO, ADOLFO(FOLCLORE DE PORTUGAL ) - I - HISTÓRIA DA CAROCHINHA


I - HISTÓRIA DA CAROCHINHA
FOLCLORE DE PORTUGAL 

ADOLFO COELHO
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Era uma vez uma carochinha que andava a varrer a casa e achou cinco reis e foi logo ter com uma vizinha e perguntou-lhe: “Oh vizinha, que hei- -de eu fazer a estes cinco reis?” Respondeu-lhe a vizinha: «Compra doces.» — «Nada, nada, que é lambarice.» «Foi ter com outra  vizinha e ela  disse--lhe o mesmo»; depois foi ainda ter com outra que lhe disse: «Compra fitas, flores, braceletes e brincos e vai-te pôr á janela» e diz:

Quem quer casar com a carochinha
Que é bonita e perfeitinha?

Foi a carochinha comprar muitas fitas, rendas, flores, braceletes d’ouro e brincos; enfeitou--se muito enfeitada e foi-se pôr à janela, dizendo:

«Quem quer casar com a carochinha
Que é bonita e perfeitinha?»

Passou um boi e disse: «Quero eu!.» «Como é a tua fala?» «Mú, mú…» «Nada, nada não me serves que me acordas os meninos de noite.» Depois tornou outra vez a dizer:

«Quem quer casar com a carochinha
Que é bonita e perfeitinha?»

Passou um burro e disse: «Quero eu!.» «Como é a tua fala?» «Hin ón… hin ón…» «Nada, nada não me serves, que me acordas os meninos de noite.» Depois passou um porco e a carochinha disse-lhe: «Deixa-me ouvir a tua fala.» «Onc, onc, onc.» «Nada, nada não me serves, que me acordas os meninos de noite.» Passou um cão e a carochinha disse-lhe: «Deixa-me ouvir a tua fala.» «Au, Au.» «Nada, nada não me serves, que me acordas os meninos de noite.» «Passou um gato. «Como é a tua fala?» «Miau, miau.» Nada, nada, não me serves, que me acordas os meninos de noite.» Passou um ratinho e disse: «Quero eu!.» «Como é a tua fala?» «Chi, chi, chi.» «Tu sim, tu sim; quero casar contigo,» disse a carochinha. Então o ratinho casou com a carochinha e ficou-se chamando o João Ratão. 
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Viveram alguns dias muito felizes, mas tendo chegado o domingo, a carochinha disse ao João Ratão que ficasse ele a tomar conta da panela que estava ao lume a cozer uns feijões para o jantar. O João Ratão foi para junto do lume e para ver se os feijões já estavam cozidos meteu a patinha na panela e a ela ficou-lhe lá; meteu a outra; também lá ficou; meteu-lhe um pé; sucedeu--lhe o mesmo, e assim em seguida foi caindo todo na panela e cozeu-se com os feijões. 
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Voltou a carochinha da missa e como não visse o João Ratão, procurou-o por todos os buracos e não o encontrou e disse para consigo. «Ele virá quando quiser e deixa-me ir comer os meus feijões.» Mas ao deitar os feijões no prato encontrou o João Ratão morto e cozido com eles. Então a carochinha começou a chorar em altos gritos e uma tripeça que ela tinha em casa perguntou-lhe:

«Que tens, carochinha,
Que estás aí a chorar?»
«Morreu o João Ratão
E por isso estou a chorar»
«E eu que sou tripeça
Ponho-me a dançar.»
Diz d’ali uma porta:
«Que tens tu, tripeça,
Que estás a dançar?»
«Morreu o João Ratão,
Carochinha está a chorar,
E eu que sou tripeça
Pus-me a dançar.»
«E eu que sou porta
Ponho-me a abrir e a fechar.»
Diz d’ali uma trave:
«Que tens tu, porta,
Que estás a abrir e a fechar?
«Morreu o João Ratão,
Carochinha está a chorar,
A tripeça está a dançar,
E eu que sou porta
Pus-me a abrir e a fechar.»
«E eu que sou trave
Quebro-me.»
Diz d’ali um pinheiro:
«Que tens, trave,
Que te quebraste?»
«Morreu o João Ratão,
Carochinha está a chorar,
A tripeça está a dançar,
A porta a abrir e a fechar,
E eu quebrei-me.»
«E eu que sou pinheiro
Arranco-me.»

Vieram os passarinhos para descansar no pinheiro e viram-n’o arrancado e disseram:

«Que tens, pinheiro,
Que estás no chão?»
«Morreu o João Ratão,
Carochinha está a chorar,
A tripeça está a dançar,
A porta a abrir e a fechar,
A trave quebrou-se,
E eu arranquei-me.»
«E nós que somos passarinhos
Vamos tirar os nossos olhinhos.

Os passarinhos tiraram os olhinhos, e depois foram à fonte beber água. E diz-lhe a fonte:

«Porque foi passarinhos,
Que tirastes os olhinhos?»
«Morreu o João Ratão,
A carochinha está a chorar,
A tripeça está a dançar,
A porta a abrir e a fechar,
A trave quebrou-se,
O pinheiro arrancou-se,
E nós, passarinhos,
Tirámos os olhinhos»
«E eu que sou fonte
Seco-me.»

Vieram os meninos do rei com os seus cantarinhos para levarem água da fonte e acharam-na seca e disseram:

«Que tens, fonte,
Que secaste?
«Morreu o João Ratão,
A carochinha está a chorar,
A tripeça a dançar,
A porta a abrir e a fechar,
A trave quebrou-se,
O pinheiro arrancou-se,
Os passarinhos tiraram os olhinhos,
E eu sequei-me.»
«E nós quebramos os cantarinhos.»

Foram os meninos para palácio e a rainha perguntou-lhes:

«Que tendes, meninos,
Que quebrastes os cantarinhos?»
«Morreu o João Ratão,
A carochinha está a chorar,
A tripeça a dançar,
A porta a abrir e a fechar,
A trave quebrou-se,
O pinheiro arrancou-se,
Os passarinhos tiraram os olhinhos,
A fonte secou-se,
E nós quebramos os cantarinhos.»
«Pois eu que sou rainha
Andarei em fralda pela cozinha.»
Diz d’ali o rei:
«E eu vou arrastar o c…
Pelas brasas.»

                                                             (Coimbra.)
E assim foi a história do João Ratão 
cozido e assado no caldeirão
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quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

SHOICHI IWASHITA - HOU YI E A ORIGEM DO SOL

  HOU YI E A ORIGEM DO SOL
POR SHOICHI IWASHITA
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De repente, dez sóis surgiram no céu. Os sóis tinham uma mãe, a deusa Yi He (que não era Sol), que escolhia apenas um dos dez filhos para, numa carruagem de ouro, dar uma volta pelo céu. Só voltavam à noite. O passeio-rodízio iluminava a nossa Terra diariamente e os homens viam apenas um Sol. Durante milhões e milhões de anos foi assim. Um dia, os filhinhos sóis entediados e sem entender por que só podiam passear sozinhos sem a companhia uns dos outros resolveram se reunir. Discutiram e decidiram que amanhã seria um grande dia: o dia em que passeariam juntos. Amanheceu. Os DEZ subiram na carruagem de ouro. A mãe, ao ver a cena, desesperada, tentou impedir que os filhos travessos saíssem. Mas sem sucesso, chorou.
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Ao se aproximar da Terra, que foi ficando cada vez mais vermelha e começou a arder em chamas com o calor excessivo, os sóis se alegraram. Achavam que a movimentação dos homens e animais correndo de um lado para o outro era um sinal de boas vindas e ficaram ainda mais alegres. O povo, desesperado, procurou o imperador que resolveu escrever um comunicado ao deus do leste, do reino de onde vinham os sóis. “Devido às travessuras de seus filhos, a Terra inteira está em chamas”, dizia a carta. “Se não tomares uma atitude, todos morreremos”. O deus do leste, entendendo a gravidade da situação, chamou Hou Yi, um hábil arqueiro, para que desse uma lição nos travessos. Deu a Hou Yi um arco vermelho e dez flechas brancas, mas avisou que o arqueiro deveria apenas dar um susto e não machucá-los.
Ao chegar com sua esposa na Terra, Hou Yi andou por vários lugares para verificar o estrago causado pelos sóis. Indignado com a alegria dos sóis, que pareciam não se importar com o sofrimento dos homens, o arqueiro pegou a primeira flecha, mirou em um dos sóis, e disparou. O povo ouviu o “chi” do disparo da flecha que sumiu. Quando todos já duvidavam da capacidade do arqueiro em atingir o sol com sua flecha, um dos sóis se transformou em uma nuvem negra, e (agora, vem a melhor parte:) caiu na terra como um corvo de três patas. Morto. A Terra refrescou um pouco.
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Com a aclamação das pessoas, Hou Yi pegou a segunda flecha e disparou na direção de um sol que estava fugindo, assustado com a morte de seu irmão. Acertou mais uma vez. E o outro sol caiu na Terra, morto, estendido no chão, como um corvo de três patas. As pessoas celebravam a temperatura cada vez mais amena e, na empolgação, instigavam o arqueiro a disparar mais flechas. E assim, Hou Yi, disparou a terceira, a quarta, a quinta flecha, esquecendo completamente as recomendações do deus do leste. E sem errar o alvo, grande arqueiro que era, os sóis caíam na terra, mortos, como corvos de três patas.
Depois que disparou contra o nono sol, o imperador lembrou da importância do calor e da luz para a Terra e retirou a última flecha das costas do arqueiro, que não se lembrava de quantos sóis havia matado.
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Terminada a chacina solar, Hou Yi que voltou para o palácio com o imperador, foi proibido de voltar para o céu por ter desrespeitado as ordens do deus do leste e, desde então, o único filho sol que restou, se levanta bem cedo para passear no céu retornando só à noite. E não falta um dia com medo de represálias.
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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

LENDA ÁRABE - OS SINAIS DE DEUS


OS SINAIS DE DEUS
Lenda árabe
 
Isabelita me conta a seguinte lenda:
Um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor, todas as noites, que o rico chefe de grande caravana resolveu chamá-lo:
- “Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler”?
- “Sei ler, sim senhor. Leio tudo que o Grande Pai Celeste escreve”.
- “Como assim?”
O servo humilde explicou-se:
- “Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu”?
- “Pela letra”.
- “Quando o senhor recebe uma jóia, como sabe quem a fez?”
- “Pela marca do ourives”.
- “Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe se foi um carneiro, um cavalo um boi”?
- “Pelos rastros” - respondeu o chefe, surpreendido com aquele questionário.
O velho crente convidou-o para fora da barraca e mostrou-lhe o céu.
- “Senhor, aquelas coisas escritas lá em cima, este deserto aqui embaixo, nada disso pode ter sido desenhado ou escrito pelas mãos dos homens”.
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FIN

sábado, 14 de dezembro de 2019

SEM TÍTULO - ANÔNIMO - LENDA ÁRABE


SEM TÍTULO
ANÔNIMO
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Diz uma linda lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e em um determinado ponto da viagem discutiram. O amigo ofendido, sem nada dizer, escreveu na areia:
HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO.
Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se pegou um estilete e escreveu numa pedra:
HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU-ME A VIDA.
Intrigado, o amigo perguntou:
Por que depois que te bati, escreveste na areia e agora que te salvei, escreveste na pedra?
Sorrindo, o outro amigo respondeu:
Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar. Porém quando nos faz algo grandioso, devemos gravar na pedra da memória e do coração; onde vento nenhum do mundo poderá apagar.
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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

LENDA HINDU - NOWMASTÊ

LENDA HINDU
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ANÔNIMO
 “Conta uma velha lenda hindu que outrora todos os homens eram deuses, mas abusaram de tal modo da sua natureza divina que Brahma, o Senhor dos deuses, decidiu retirar-lhes esse poder divino e escondê-lo em lugar onde lhes fosse impossível encontrá-lo. O problema, contudo, era encontrar esse esconderijo. Brahma convocou, pois, todos os deuses menores a fim de resolver este problema, e a sugestão que eles lhe deram foi enterrar a divindade do homem bem no fundo da terra. Mas Brahma respondeu-lhes que isso não seria suficiente pois o homem escavaria a terra e acabaria por reencontrar a sua natureza divina. Então os deuses sugeriram que se atirasse para o fundo do mar a natureza divina do homem. E de novo Brahma lhes respondeu que, mais tarde ou mais cedo, o homem exploraria as profundezas do mar e a recuperaria. Os deuses menores já não sabiam que outros lugares poderiam existir, quer na terra quer no mar, onde o homem não conseguisse chegar um dia. Então Brahma disse: “Vamos fazer o seguinte com a natureza divina do homem: vamos encondê-la bem no fundo de si mesmo, pois será esse o único lugar onde o homem nunca a irá procurar.”E desde esse dia, segundo conta a lenda, o homem tem percorrido e explorado o mundo, subido às montanhas mais altas e descido às grandes profundezas da terra e do mar, sempre à procura do que está dentro de si próprio.”
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